sábado, 10 de maio de 2014

Sobre Ser São em Lugares Insanos (Experimentos com diagnostico psiquiátrico)


     Boa Noite, Meus Queridos Leitores! O texto que vamos tratar hoje fala sobre um tema que causa curiosidade em muitos de nos, a psiquiatria. Esse texto fala sobre o experimento de David Rosenhan, professor de direito e psicologia da Universidade de Stanford.
     Em 1972, Rosenhan decidiu reunir 8 amigos para descobrir como os hospitais psiquiátricos avaliavam seus pacientes. Para realizar seu experimento, Rosenhan pediu aos amigos que ao chegarem ao hospital psiquiátrico relatassem que estavam ouvindo uma voz, de uma pessoa do mesmo sexo que eles e que ficava dizendo "tum". Quanto as demais perguntas que fossem feitas a eles, deveriam ser respondidas com honestidade, exceto o nome e a ocupação de cada um deles. Apos passarem pela entrevista inicial, todos os pseudopacientes, inclusive o próprio Rosenhan, foram internados, por aproximadamente 19 dias, e diagnosticados com esquizofrenia e psicose maniaco-depressiva.
     Assim que foram internados, os pseudopacientes passaram a agir de forma normal, eles foram instruídos por Rosenhan a esconder debaixo da língua os medicamentos que fossem oferecidos a eles, e também foram aconselhados a anotar tudo o que viam. Com isso, eles perceberam que os médicos e as enfermeiras passavam pouco tempo com os pacientes e que as vezes pareciam fingir que eles não existiam. Mesmo se comportando de forma normal, os médicos não perceberam essa mudança de comportamento; já os pacientes verdadeiros, em contra partida, duvidaram da loucura deles e logo os acusaram de não serem loucos de verdade. Rosenhan e seus amigos foram medicados e liberados com o diagnostico de esquizofrenia em remissão.
     Para concluir sua pesquisa, David Rosenhan disse: "Agora sabemos que somos incapazes de distinguir a insanidade da sanidade". Esse estudo mostrou que o grande problema não esta na mente dos médicos, mas sim na pouca eficiência ao se fazer os diagnósticos.
     Ao meu ver, esse é um assunto que requer um muito cuidado, pois infelizmente não sabemos quão comprometedor pode ser um diagnostico pouco detalhado. As vezes um paciente pode recebe um tratamento que não é o adequado para ele e sofrer as consequências disso pelo resto da vida.
     Para refletirmos sobre o tema, coloco aqui o significado da palavra psiquiatria: "Arte de curar a alma". Caros doutores, vamos curar essas almas da forma mais eficiente possível! Entendo que a linha entre a sanidade e a insanidade é muito tênue, mas eu acredito que um bom diagnostico pode evitar muitos problemas aos pacientes.


      E você leitor, o que tem a dizer sobre o assunto? Vocês gostariam de serem diagnosticados com uma doença que não tem? Ou então não receber o tratamento certo para uma doença mental grave?
     Caso vocês tenham curiosidade de ler esse texto, segue a referencia: SLATER, Lauren. Sobre ser são em lugares insanos: experimentos com diagnostico psiquiátrico. In: Mente e cérebro (pg 82-115). 2005.
   
      Espero que tenham gostado! Até a próxima :)